Traumas psicológicos: nunca mande uma criança engolir o choro!

Quais traumas psicológicos podem ser causados em uma criança quando um adulto lhe manda “engolir o choro”? Quais problemas emocionais esse tipo de repreensão pode causar em sua vida adulta?

Talvez você já tenha visto uma mãe ou pai se irritar com o filho que não para de chorar. E nessas circunstâncias, ameaçar a criança, e lhe dizer em tom autoritário: “Engole o choro, senão vai apanhar!”.

O que esses pais não sabem é que: proibir uma pessoa, especialmente uma criança, de expressar seus sentimentos é altamente prejudicial para o seu desenvolvimento psicoemocional. E pode acarretar graves traumas psicológicos.

Conheço o caso de um rapaz que, quando criança, às vezes fazia travessuras e apanhava de sua mãe.

Como se já não bastasse estar apanhando, não podia sequer chorar em voz alta. Se chorasse, sua mãe lhe dizia “Engole o choro, senão vai apanhar mais!”.

O jovem se via obrigado a chorar baixinho para não incomodar a mãe. Em decorrência disso, desenvolveu traumas psicológicos que o tornaram um adulto incapaz de lidar com os próprios sentimentos. Passou a reprimir suas emoções pelo medo de ser censurado.

Saiba mais sobre os traumas psicológicos:

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Quais problemas emocionais essa criança pode desenvolver na vida adulta? 

Segundo a Psicologia, chorar faz bem à saúde. O choro está relacionado ao instinto de defesa humano. E é também uma forma de comunicação que pode expressar dor, sofrimento, alegria e até prazer.

Na infância, a criança ainda está aprendendo a lidar com suas emoções. Recorrer ao choro quando se sente triste ou irritada é, muitas vezes, a única maneira que ela encontra para expressar o que está sentindo.

Se a criança for proibida de expressar o que sente, como no caso que citei, poderá desenvolver, na vida adulta, problemas emocionais como:

  • Reações implosivas ou explosivas;
  • Dificuldade em lidar com as próprias emoções;
  • Dificuldade em expressar seus sentimentos;
  • Medo de rejeição;
  • Tendência ao isolamento e depressão;
  • Dependência química.

Quero deixar claro que não se trata “apenas” de proibir a criança de chorar. Se trata de impedi-la de ser quem ela é. Fazer com que ela tenha medo ou ache errado expressar seus sentimentos.

Além do mais, as pessoas reagem às experiências de formas diferentes. Cada ser humano é único e seu comportamento vai depender da forma como percebeu a situação. E não da situação em si.

Como esses problemas emocionais estão interligados? 

Um trauma psicológico é como uma árvore. Possui uma raiz e um tronco, mas seus galhos crescem em formas e direções diferentes. Duas pessoas podem ter sofrido o mesmo trauma, porém manifestar de formas diferentes.

Reações implosivas

Por exemplo, algumas pessoas desenvolvem reações emocionais implosivas frente aos acontecimentos. Não demonstram o que sentem, mas sentem muito intensamente.

Esse comportamento implosivo faz com que elas sofram muito. Elas acabam reprimindo ainda mais o que sentem. Assim, aumentam as chances de desenvolver doenças psicossomáticas.

Reações apáticas

Outras simplesmente criam maneiras de ficarem apáticas diante dos acontecimentos. Elas são taxadas de “frias”, mas o que realmente ocorre é que sua capacidade de entrar em contato com seus sentimentos foi comprometida.

No caso dessas pessoas, é possível que se sintam até culpadas por não sentirem. Isso se torna um sofrimento para elas, pois acaba afetando suas vidas. Tanto para emoções negativas quanto para positivas.

Reações explosivas

Há quem se comporte com reações explosivas diante dos acontecimentos. São aquelas que manifestam ataques histéricos. Podem ser exagerados de tristeza ou raiva. E no final, se arrependem do que fizeram.

Já o medo de rejeição, pode fazer com que a pessoa tenha uma vida muito abaixo do seu potencial. Ela acaba deixando passar muitas oportunidades pelo medo de ser rejeitada.

Se ela não buscar formas de superar esses bloqueios emocionais, permanecerá em um ciclo de infelicidade. Por não conseguir se livrar dos traumas psicológicos do passado, como e nem ter esperança no futuro.

O que fazer para tratar os traumas psicológicos?

Traumas psicológicos: Homem mais velho sentado em um muro, e ao seu lado, uma criança vestida igual a ele. Como se fossem mesma pessoa, criança e adulta.

É como arrancar um espinho da pele. Pode ser um pouco dolorido. Exige paciência e talvez você precise de ajuda. Porém, após remover o espinho, a sensação de alivio é compensadora.

O caminho para cura emocional passa por 4 estágios:

  1. Autoconhecimento
  2. Autoconsciência
  3. Autocompaixão
  4. Autocura

1. Autoconhecimento.

O primeiro passo no caminho para curar suas emoções é conhecer-se. O autoconhecimento é essencial para a cura emocional.

A prática do autoconhecimento faz você entender as causas dos problemas emocionais que afetam sua vida hoje. Apenas conhecer isso pode representar uma melhora na sua vida.

Autoconhecimento significa saber quais áreas da sua vida precisam de mais atenção. Isto é, mais tempo e dedicação para melhorar.

Se você quer superar os bloqueios emocionais que travam sua vida, o autoconhecimento vai te ajudar a ter uma visão panorâmica da sua mente. Te mostrar por onde você deve começar para ser curado.

2. Autoconsciência

O autoconhecimento abre as portas para a autoconsciência. Ou seja, a capacidade de estar consciente quanto ao que você pensa e sente.

Estar autoconsciente é ter a capacidade de perceber a emoção, no momento que ela surge. Estar presente ao processo de construção de seus pensamentos/sentimentos e gerenciá-los da melhor forma.

Por exemplo, quando alguém te crítica e você se sente magoado. Você pode compreender essa mágoa e não permitir que isso te faça tomar uma atitude impulsiva.

Ter autoconsciência torna muito mais fácil perceber quando se está reprimindo as emoções. Ajuda a encontrar um meio de liberar essa tensão, para que você se sinta mais leve.

3. Autocompaixão

Praticar autocompaixão significa se permitir sentir o que está sentindo. Acolher os próprios sentimentos com amor, sem criticar ou dizer para si “Você não devia estar sentindo isso”.

Você vê uma criança que se machuca enquanto está brincando. O sofrimento dela, por ter se machucado, vai despertar a compaixão em você.

Talvez você se aproxime para ajudá-la. E mesmo que não possa fazer isso, ainda vai desejar que ela fique bem.

A autocompaixão é direcionar os mesmos sentimentos para si mesmo. Acolher o seu “eu machucado” com amor. Buscar meios de ajudá-lo a ficar bem, ao invés de criticá-lo ainda mais.

Quando você permite que seus sentimentos reprimidos fluam e sejam liberados de maneira adequada e saudável, as feridas emocionais são desinflamadas e vão doendo cada vez menos.

4. Autocura

Praticando o autoconhecimento, autoconsciência e a autocompaixão, os caminhos para cura emocional se abrem. E você pode se tornar uma versão melhor de si mesmo. Isso é estabilidade emocional.

Quando suas emoções estão saradas, todo aquele “choro engolido” na infância não afoga mais sua consciência com bloqueios e crenças limitantes. Isso é liberdade emocional.

Como eu disse, talvez você precise de ajuda para tratar essas questões. Nesse caso, deve procura um espeta para ajudá-lo.

Trate traumas psicológicos com a hipnoterapia

A Hipnoterapia é um método rápido e eficaz, que utiliza técnicas de Hipnose Clínica para tratar seus problemas emocionais, em um curto período de tempo.

Também auxilia a conquistar sua estabilidade emocional de maneira eficiente.

 

Está pronto para superar os seus traumas psicológicos? Para te ajudar, saiba como ter autoconfiança!