História da neurociência: entenda como chegamos ao conhecimento atual

Compreender a fisiologia e anatomia do sistema nervoso, bem como a sua constituição e influencia no desenvolvimento das atividades mentais, é um grande desafio. Por isso, avanços são vistos frequentemente e entram na história da neurociência

A busca pela cura de doenças, pelo amplo funcionamento do cérebro e compreensão da mente segue sendo instigada. Afinal, a história da neurociência é recente e há muito a ser desbravado. Saiba mais sobre a evolução e descubra alguns avanços conquistados nos séculos XX e XXXI. 

O que é neurociência?

Como próprio nome sugere, é a ciência que estuda o sistema nervoso em sua amplitude. Ela pesquisa desde as estruturas que o compõe o sistema nervoso, até como elas interagem entre si e funcionam. Assim, busca saber como as atividades mentais são desenvolvidas. Além disso, avalia como as conexões neurais interferem diretamente no comportamento humano. 

Embora muitas pessoas acreditem que a história da neurociência influencia apenas em questões da saúde mental ou física, ela vai muito além disso. Até mesmo nos âmbitos educacionais, tecnológicos e administrativos as descobertas do setor podem influenciar. 

A evolução da neurociência nos séculos XX

As duas guerras mundiais deixaram muitos feridos e isso, de alguma forma, influenciou na história da neurociência. A necessidade de tratar pessoas sequeladas fez com que o número de reabilitações trabalhadas crescesse. Consequentemente, as pesquisas na área foram impulsionadas, pois era preciso encontrar novas soluções para as mais diferentes sequelas.

Foi então que em 1962 foi lançado o Neuroscience Research Program, idealizado por por Francis Otto Schmitt, que envolveu diversas universidades. O programa reunia espetas e palestrantes semanalmente, para que as descobertas na área de neurociência fossem divulgadas. 

Também era emitido um boletim direcionado às bibliotecas e demais interessados, informando sobre os avanços. Com todo esse movimento ao redor do assunto, a neurociência acabou se tornando uma disciplina acadêmica. 

A Sociedade de Neurociência surgiu em Washington anos depois (1969) e segue sendo uma referência mundial. Nos anos 1990, o projeto denominado “década do cérebro” reuniu cientistas que lutavam para conquistar mais recursos que fossem destinados à neurociência. 

A Neurociência e os desafios do século XXI

A busca por recursos obteve bons resultados e a história da neurociência avançou no século XXI. Em 2002 o projeto Blue Brain se destacou, com a ideia de simular o cérebro de mamíferos de forma computacional. Pouco a pouco, espetas do mundo todo estão se unindo a essa pesquisa. Muitos também usam as descobertas dela para viabilizar novos estudos. 

Em 2013, Barack Obama, então presidente americano, revelou a Iniciativa de Pesquisa do Cérebro por meio de Neurotecnologias Inovadoras (Brain). O projeto norte-americano reuniu diversos cientistas, que gostariam de ajudar a compreender o funcionamento do cérebro humano. 

Em paralelo, a Europa lançou o projeto Human Brain que “visa implantar uma infraestrutura de pesquisa de ponta que permitirá que pesquisadores científicos e industriais avancem nosso conhecimento nas áreas de neurociência, computação e medicina relacionada ao cérebro”.

O projeto tem duração prevista de 10 anos e teve início em 2013. Os estudos envolvem aproximadamente 500 cientistas que estão atuando em  mais de 100 universidades, hospitais de ensino e centros de pesquisa em toda a Europa.

Embora os avanços existam, os desafios não param. Atualmente, há uma incansável busca por resultados rápidos! A ideia é encontrar algo que possa curar ou minimizar o sofrimento de pessoas que possuem as mais variadas doenças. Desde de uma cegueira congênita, até o mal de Alzheimer. 

Além disso, existem também a incessante busca de ser capaz de compreender o sistema nervoso em sua plenitude. Há uma inquietação para saber exatamente como ele funciona, o seu passado evolutivo e a natureza de sua complexidade. 

Para tudo isso, ainda há um longo caminho a ser traçado. Afinal, quanto mais se estuda a mente, mais ela mostra que há muito a ser descoberto. Mesmo assim, em meio a tantas descobertas e informações, ainda há muitos mitos envolvendo o cérebro. Conheça alguns deles!