Alzheimer e hipnose: como a técnica pode auxiliar o tratamento

A Organização Mundial da Saúde acredita que, até o ano de 2050, mais de 152 milhões de pessoas sofrerão de algum tipo de demência. Esse número é três vezes maior do que o de agora, quando estima-se que existam 50 milhões de pessoas acometidas por alguma enfermidade desta natureza. Isso faz com que o entendimento da relação entre Alzheimer e hipnose seja ainda mais importante.

Afinal, dentre as demências existentes, o Alzheimer é a mais comum. Assim com a tendência ao envelhecimento da população brasileira e, consequentemente, com a probabilidade do aumento do número de pessoas acometidas por alguma demência, conhecer tratamentos alternativos, que possam melhorar a qualidade de vida do doente, se faz primordial.  

Veja como o tratamento Alzheimer e hipnose podem caminhar juntos no post a seguir. 

O que configura a doença de Alzheimer?

A Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que faz com que a pessoa acometida perca funções cognitivas. Dessa forma, ela tem um declínio em suas capacidades sociais e de trabalho.

Com a evolução da doença, a pessoa também tem alterações de comportamento, no humor e perda brusca de memória

No geral, muitas vezes, ela não consegue se lembrar do que aconteceu há 10 minutos. Por outro lado, tende a recordar acontecimentos antigos e a repeti-los, sem saber que já havia contato a mesma história, diversas vezes. Além disso, a pessoa perde:

  • a capacidade de aprendizado;
  • a atenção;
  • a capacidade de orientação;
  • compreensão e desenvolvimento da linguagem.

Isso faz com que o doente, na maioria das vezes idoso, passe a depender, cada vez mais, da ajuda de outra pessoa. No início, precisa ser auxiliado para ações básicas, como pagamento de contas ou escolha de pratos, quando vai a um restaurante, por exemplo. 

Com o tempo, passa a precisar de auxílio para as rotinas básicas, como levar o alimento à boca ou realizar a higiene pessoal. Mais a frente, veremos que o tratamento do Alzheimer e hipnose podem, juntos, melhorar a qualidade de vida

Quais são os sintomas da doença?

A evolução do Alzheimer no cérebro do paciente não é padrão, ou seja, pode diferir entre diferentes pessoas. Além disso, conforme a degeneração vai evoluindo, os sinais clínicos vão sendo intensificados. Em uma primeira fase, o doente pode apresentar sintomas como:

  • dificuldade para se expressar;
  • perda de memória, principalmente a recente;
  • perda de noção de tempo como, por exemplo, esquecer em qual ano, dia da semana ou mês está;
  • ter dificuldade de localização e se perder mesmo em caminhos curtos;
  • apresentar dificuldade em realizar escolhas simples como, por exemplo, o sabor de um sorvete ou o recheio do salgado que prefere comer;
  • se tornar mais agressivo e apresentar grande alteração de humor;
  • perder o interesse em atividades que anteriormente realizava e gostava. 

Com a progressão da doença, novos sintomas vão sendo notados pelos familiares. Na fase dois é comum observar:

  • aumento na perda de memória;
  • dificuldade para limpar, fazer compras ou cozinhar;
  • maior dependência de um dos membros da família;
  • ter intensas alterações de comportamentos como grito ou agressividade;
  • pode ter alucinações.

Por fim, no terceiro e último estágio, ou seja, quando a doença está ainda mais avançada, a pessoa pode apresentar:

  • dificuldade para se alimentar;
  • incapacidade para se comunicar;
  • falta de memória a ponto de deixar de reconhecer as pessoas;
  • dificuldade de entender o que está acontecendo ao redor;
  • incapacidade de voltar para casa sozinha, mesmo que esteja perto;
  • dificuldade para deglutir;
  • incontinência urinária e fecal.

Alzheimer e hipnose: essa relação existe?

A doença degenerativa não tem um tratamento específico, que tenha sido descoberto pela ciência até o momento. Há alguns medicamentos que são prescritos com o intuito de retardar a evolução, mas cura definitiva não existe. 

Dessa forma, é preciso identificar alternativas que deixem a pessoa acometida em uma situação melhor de vida. É nesse momento que o Alzheimer e hipnose podem ser associadas.

A hipnose Ericksoniana pode ser aplicada como meio de ajudar o indivíduo a se sentir mais amparado e acolhido no ambiente em que se encontra. Por meio dela, é possível acessar o inconsciente e ajudar o cliente a encontrar a segurança emocional.

Além disso, a hipnose também pode auxiliar a trabalhar as alterações de comportamento, que são específicas da doença, e amenizá-las. Dessa forma, o tratamento do Alzheimer e hipnose juntos podem ajudar a pessoa acometida a ter mais qualidade de vida e a se sentir segura e amparada.

Assim como no caso da demência, a hipnose também pode ser usada para tornar a vida do idoso mais feliz e tranquila em diferentes casos. Saiba mais sobre o uso