Sempre é bom falar com alguém sobre seus próprios sentimentos. Nesse sentido, o Centro de Valorização à Vida (CVV) tem uma atuação no suporte emocional a qualquer pessoa, 24 horas por dia em qualquer lugar do Brasil. É um serviço gratuito que tem uma enorme utilidade na prevenção do suicídio, assunto inclusive que ganha bastante destaque durante o mês de setembro, por conta da campanha do setembro amarelo.
Visto que um estudo realizado pela Unicamp identificou que 17% dos brasileiros já pensaram em tirar a própria vida, trabalhos como o do CVV mostram-se de suma importância.
Os interessados no serviço oferecido pelo CVV podem ter atendimento por telefone, chat ou, em algumas cidades, presencialmente, em horário comercial. Todas as pessoas que atendem são voluntárias. Para que estejam preparadas, antes de atuar, elas recebem treinamento, para que saibam como agir na prevenção do suicídio. Saiba mais sobre o trabalho do CVV e veja como ter acesso ao atendimento.
Os padrões do pensamento suicida
Saber que uma pessoa tem pensamentos suicidas não é simples. Muitas vezes, aqueles que têm contato por algumas horas, como no trabalho ou hora do almoço, por exemplo, nem conseguem notar. No entanto, há alguns padrões de comportamento que podem servir como alertas de que algo não está bem. São eles:
- a pessoa sempre acha que está atrapalhando a todos e tende a se afastar de amigos e familiares;
- diz que a vida não tem sentido;
- acha que tudo o que faz está errado;
- apresenta alterações no sono, tendo insônia ou passando a dormir o dia todo;
- evita interagir até mesmo com pessoas que moram com ela e passa a maior parte do tempo trancada no quarto;
- começa a faltar nos compromissos, como nas aulas e no trabalho;
- está sempre desanimada, angustiada, apática e irritada.
Esses sinais sugerem que algo não está bem e que, provavelmente, a pessoa está precisando de ajuda. Muitas vezes, a mudança de comportamento, causada pelos pensamentos suicidas, ocorre de forma brusca.
No entanto, há casos nos quais os pensamentos suicidas já são tão frequentes na mente do indivíduo que, quem convive com ele, acaba se acostumando com o comportamento diferente. Os amigos e familiares tendem a acreditar que são apenas traços da personalidade e, por isso, não procuram ajuda específica.
O que é e como é o trabalho do CVV?
O CVV presta um serviço de apoio emocional às pessoas que estão em situação de risco, ou seja, que apresentam pensamentos ou comportamentos suicidas. Isso pode acontecer, por exemplo, com que tem depressão, ansiedade, síndrome do pânico, dentre outros transtornos mentais.
Os voluntários que atendem às pessoas que procuram pelo serviço gratuito estão prontos para ajudá-las a desenvolver o autoconhecimento e melhorar a autoestima.
Além do atendimento por telefone, chat, presencial ou por e-mail, também há alguns grupos de apoio e cursos gratuitos como, por exemplo:
- Grupos de Apoio aos Sobrevivente de Suicídio (GASS), que é voltado para familiares que tiveram uma parente que tirou a própria vida;
- Caminho de Renovação Contínua (CRC), que é um grupo voltado para a reflexão e troca de experiências;
- Cine-SER CVV, que atua na exibição de filmes e propagação de reflexões;
- Curso Caminho de Valorização da Vida, que promove o autoconhecimento;
- Curso de Escutatória, para ajudar o indivíduo a aprender a ouvir, falar e compreender aos demais.
Se você sobre com pensamentos suicidas ou conhece alguém que está passando por isso, pode contar com o trabalho do CVV. Ele é gratuito e atende a pessoas de diferentes idades. Para isso, é possível optar por uma das seguintes alternativas:
- ligar para o telefone 188, que é gratuito e tem atendimento 24 horas por dias;
- ser atendido pelo chat ou por e mail diretamente no site www.cvv.org.br;
- ir a um dos endereços listados no site, para que o atendimento presencial seja realizado.
Todos os anos, o CVV realiza mais de 2 milhões de atendimentos, que são feitos por mais de 3 mil voluntários de todo o Brasil.
Como a hipnoterapia pode ajudar na prevenção?
A prevenção ao suicídio pode ser realizada por meio de terapia e também com a ajuda da hipnose. Muitas vezes, também se faz necessário o uso de medicamentos, prescritos por um psiquiatra.
Como a pessoa que pensa em tirar a própria vida não quer realmente morrer, ela apenas quer parar com uma dor sentimental incontrolável, a hipnoterapia pode trabalhar o significado desse sentimento.
Durante o tratamento, o profissional pode ajudar o cliente a desenvolver uma mentalidade mais positiva e aprender a lidar melhor com as adversidades da vida.
Além disso, a hipnose pode ajudar no desenvolvimento do autoconhecimento, melhorar a autoestima e a aprender a lidar com as próprias emoções de forma mais eficiente. Embora as pessoas que têm pensamentos suicidas possam ser tratada com a hipnose, o ideal é que ela procure essa ajuda antes.
Afinal, a hipnoterapia pode ajudar em casos de depressão, ansiedade, dentre outros transtornos mentais. Dessa forma, trata o indivíduo no início da doença, evitando que ele chegue a ter pensamentos suicidas ou até tente tirar a própria vida.
Caso você esteja passando por isso ou acredite que algum parente está, é importante conhecer mais sobre os pensamentos suicidas. Veja como funcionam e o que fazer.