Para que o tratamento com a hipnoterapia chegue ao resultado esperado são necessárias duas coisas: um profissional capacitado e um cliente engajado. Aceitar a técnica e compreender como ela pode ajudar uma pessoa é um passo importante para obter o sucesso. Por isso, o profissional precisa ajudar a pessoa a se entregar ao processo e isso pode ser feito por meio das induções hipnóticas.
Tratam-se de procedimentos, realizados durante uma sessão de hipnose, e que ajudam o cliente a se sentir mais seguro e confiante em relação à técnica que será usada. Para isso, há várias alternativas.
Veja as principais maneiras de realizar induções hipnóticas e obter os melhores resultados. Continue a leitura!
O que é hipnose?
A Associação Americana de Psicologia define a hipnose como “um conjunto de técnicas destinadas a aumentar a concentração, minimizar as distrações usuais e aumentar a capacidade de resposta a sugestões para alterar os pensamentos, sentimentos, comportamento ou estado fisiológico”.
Essas técnicas são comumente usadas por profissionais da saúde, visando promover mudanças de comportamento e sensações. Um dos benefícios que pode ser conquistado com a ajuda da hipnose é a alteração dos componentes psicológicos da experiência da dor.
Entretanto, é válido ressaltar que cada pessoa reage de uma maneira. No geral, clientes mais receptivos às sugestões hipnóticas conseguem sentir os benefícios da técnica por mais tempo, em casos da redução da dor, por exemplo. Há também os que têm sugestionabilidade moderada. Embora essas pessoas alcancem melhora, são em menor intensidade do que os mais receptivos.
A maior parte dos indivíduos se inclui nesse segundo grupo. Por isso, é importante trabalhar a motivação à adesão ao tratamento, já que ela pode afetar as respostas às sugestões hipnóticas. Uma das maneiras de trabalhar isso é por meio das induções hipnóticas.
O que são induções hipnóticas?
A indução hipnótica é uma técnica aplicada para aumentar a confiança do paciente na técnica e no hipnoterapeuta. Com isso, pretende-se facilitar a aplicação das técnicas e diminuir o senso crítico. Para isso, antes de iniciar a hipnoterapia é preciso abordar o cliente e seguir as etapas abaixo.
- Pré-talk: é o momento no qual o profissional explica para o cliente sobre os benefícios da hipnose e como ela será aplicada;
- Anamnese: trata-se de uma conversa ou conjunto de perguntas feitas ao cliente, para saber exatamente o que ele busca e identificar a melhor maneira de ajudá-lo;
- Induções hipnóticas: é a realização de atividades, com sugestões mais simples, que visa aumentar o engajamento com o procedimento.
O procedimento de indução hipnótica usado vai depender do cliente e da escolha da abordagem definida pelo hipnoterapeuta. Dentre as possibilidades há, por exemplo, o relaxamento e as visualizações guiadas.
Indução direta
A indução direta tem como maior expoente Dave Elman. Essa técnica também é conhecida como formal ou clássica. Assim como o nome sugere, se baseia em sugestões diretas como, por exemplo:
- Pense;
- Relaxe;
- Feche os olhos;
- Abra os olhos;
- Imagine determinado acontecimento.
A indução direta é muito diretiva e também é rápida.
Indução indireta
Também chamada de ericksoniana, a indução indireta é realizada por meio de diálogo, de uma maneira natural. Por isso, o transe resultante da indução indireta é chamado de natural.
Ela nasceu da ideia defendida por Milton Erickson, psiquiatra e psicólogo americano, que dizia que o sujeito é parceiro do hipnólogo. O sujeito entra em transe sem notar, ou seja, a indução é feita por uma hipnose conversacional.
Considerado o pai da hipnoterapia moderna, foi Erickson quem percebeu que a sugestão indireta era capaz de levar a uma mudança comportamental terapêutica. Por isso, ele usava a conversa por meio de metáforas e símbolos, ao invés de optar pela indução direta.
Seja qual for a técnica escolhida, a indução pode ser demorada. Contudo, há maneira de tornar todo o procedimento mais rápido. Quer saber como? Cadastre-se gratuitamente e receba o e-book “Como hipnotizar pessoas rapidamente“