Tomar decisões: por que é tão dificil e como melhorá-la?

Quem nunca ficou indeciso na vida? O ato de Tomar decisões nem sempre é uma ação simples. Há pessoas que têm dificuldades em decidir a cor da roupa que vai em uma festa, enquanto outras ficam sem saber se aceitam uma proposta nova de emprego ou se permanecem na empresa em que estão. 

Seja qual for o caso, diariamente é preciso tomar diversas decisões, até mesmo nos atos mais simples e automáticos. No entanto, algumas são mais difíceis do que as outras. Mas e aí, o que fazer nesses casos? 

Neste artigo, veja dicas de como tomar decisões difíceis com mais facilidade e, consequentemente, tornar a sua vida mais simples. Existem algumas técnicas, como a auto-hipnose, que podem facilitar esse processo. Saiba como!

Como o cérebro atua na tomada de decisão? 

O cérebro tem milhões de neurônios que tomam decisões muito rapidamente . É graças a essa agilidade que, por exemplo, ao encostar a mão em uma panela quente você a tira rapidamente. 

Também é graças a essas decisões automáticas que você não precisa pensar para colocar uma perna na frente da outra enquanto caminha, nem tem que refletir e raciocinar na hora de fazer os movimentos necessários para escovar os dentes. O cérebro já sabe como deve proceder e toma as decisões sem que você precise raciocinar.

Há também a parte do cérebro que faz com que você tome decisões impulsivas por prazer. É o que acontece, por exemplo, com quem compra e se sente bem depois disso. O cérebro entende que comprar faz bem e, às vezes, a pessoa passa a agir de forma compulsiva

Por fim, há a parte do cérebro racional, que é a porção usada quando a tomada de decisão precisa ser ponderada. Isso pode acontecer em várias áreas e requer calma, reflexão e análise.

No geral, são decisões difíceis como a de comprar ou não uma casa ou mudar ou não de cidade, por exemplo. Nesses casos, o cérebro analisa e a sua mente usa tudo o que tem arquivado nela para decidir o melhor caminho.

Quando tomar uma decisão se torna difícil?

A tomada de decisões funciona diferentemente para cada indivíduo. O que pode parecer simples para um, pode tornar-se muito complicado e angustiante para outros. Isso acontece de acordo com o grau de impacto que cada decisão pode gerar na vida do indivíduo.

Uma pessoa recém-formada, por exemplo, que está há 3 meses em uma empresa e não tem nenhum dependente financeiro dela, pode ter mais facilidade em aceitar uma proposta de emprego do que alguém que tem cinco filhos e está na mesma empresa há 10 anos. 

O mais jovem está em fase de aprendizado e uma possível mudança de emprego pode ser vista apenas como grande oportunidade. Por outro lado, a pessoa mais experiente tende a levar em consideração a alteração na rotina de vida e como aquilo poderá impactar na vida dos seus filhos. Além disso, pode se preocupar com o sistema de trabalho e até com uma possível não adaptação a ele. 

Dessa forma, tomar decisões assim torna-se algo mais complexo e que impacta diversos pontos. Não apenas da vida do profissional, mas também dos seus dependentes.

O exemplo é simples, mas pode ser real. Para analisá-lo, pense o quão diferente era mudar de emprego há cinco anos e seria agora. Provavelmente, as suas angústias mudaram, devido ao seu estilo de vida ser outro. Assim, esse processo de decidir pode ter se tornado mais simples ou mais complexo.

Dessa forma, podemos concluir que quanto mais a decisão afeta a própria vida, mais difícil é de ser tomada. No entanto, não é só isso. Algumas pessoas também podem acreditar que sempre fazem escolhas ruins.

Quando essa ideia fica ”instalada” na mente, há uma tendência do indivíduo evitar tomar decisões. Isso acontece naturalmente, para que ele não precise assumir tamanha responsabilidade.

Assim, podemos dizer que essa dificuldade também pode estar ligada às experiências anteriores que a pessoa teve em situações similares. Quando foram negativas, o medo de errar pode deixar o processo de escolha mais difícil. 

7 dicas para melhorar sua habilidade de tomar decisões

Quem tem que tomar decisões difíceis e não sabe o que fazer, pode deixar esse processo mais ameno ao se concentrar no problema. Além disso, listar prós e contras também ajuda a raciocinar e definir se a ação será ou não positiva. Por fim, é indicado que você:

  1. converse consigo mesmo para identificar quais são os seus medos;
  2. imagine o que pode acontecer após a mudança e anote os prós e contras;
  3. pratique a auto-hipnose para conseguir focar na decisão, além de se concentrar no problema e, ao mesmo tempo, relaxar a mente;
  4. saia para fazer uma caminhada e tranquilizar a mente, pois ajuda a organizar as ideias e ter mais clareza da situação;
  5. se possível, “durma com o problema”, ou seja, deixe para tomar decisões importantes no dia seguinte, para poder raciocinar com calma;
  6. avalie qual das opções de decisão permitirá que você alcance os seus objetivos;
  7. converse com pessoas de confiança para que elas te ajudem a ver a questão por um outro ângulo.

Além disso, se você acredita que sempre toma as decisões erradas e observa que isso está dificultando a sua vida, pense em procurar ajuda profissional. A psicologia e a hipnoterapia têm várias alternativas de tratamento que poderão te ajudar a melhorar o processo de tomada de decisões. 

Por falar em tomada de decisões, desvendar exatamente como o cérebro atua nesse momento, ainda é um desafio da ciência. No entanto, muitos avanços já foram feitos. Dentre eles, os descobertos pela neuroeconomia. Você a conhece? Saiba mais sobre ela.