Entender, por completo, como as pessoas tomam as suas decisões e no que elas são baseadas, seria perfeito para diversas áreas. As empresas poderiam se adequar na hora da venda e entender melhor a ação dos consumidores, por exemplo. Nesse sentido, existe a neuroeconomia, com o intuito de desvendar o que leva a pessoa a correr um risco ou optar por uma coisa e não pela outra.
Ela é voltada para estudar o comportamento humano em relação ao cenário econômico. Afinal, nesse meio, a pessoa precisa estar preparada para lidar com o imprevisto.
A neuroeconomia tenta entender como a pessoa age quando exposta às oscilações cotidianas, bem como a forma como desenvolve a sua capacidade de análise e de raciocínio. Continue a leitura para entender mais sobre o assunto!
O que é neuroeconomia?
A tomada de decisão é uma constante em nossas vidas. Você a realiza desde o momento que acorda e decide por colocar uma quantidade determinada de pasta de dente na sua escova, até na hora de comprar um bem ou investir o seu dinheiro.
Embora nesses dois casos você tenha que tomar uma decisão, a forma como faz isso é diferente em cada um dos casos. Enquanto a quantidade de pasta de dente é determinada automaticamente, ao realizar um investimento você raciocina muito.
É preciso compreender o cenário econômico, os benefícios, os riscos e as consequências de cada ação. A neuroeconomia visa entender melhor todo esse processo. Para isso, usa a:
A ideia é tentar compreender como a mente humana funciona quando a tomada de decisão é relevante e pode influenciar em toda a sua vida. Assim, avalia, por exemplo, o comportamento de risco. Em suma, podemos dizer que é a forma como o indivíduo reage e pensa ao se envolver em um processo que pode resultar em grandes perdas.
Com esse estudo, é possível tentar compreender as diferenças individuais e também tentar compreender como os atos externos e internos influenciam a análise.
Ao ter essa compreensão, torna-se possível compreender e encontrar os gatilhos mentais nocivos. Assim, a pessoa pode evitá-los de forma que consiga tomar as decisões de maneira mais racional e, consequentemente, evite grandes prejuízos. Em suma, podemos dizer que a neuroeconomia identifica e investiga padrões de comportamento que possam levar o investidor ao erro.
3 princípios que norteiam a tomada de decisão
Para que esses gatilhos, bem como o percurso da tomada de decisão sejam descobertos, é preciso investigar os princípios que norteiam a tomada de decisão. Veja os que são comumente avaliados pela neuroeconomia.
Monitorar o funcionamento do cérebro
Algumas técnicas permitem que as atividades do cérebro sejam monitoradas, para que, assim, sejam identificadas as reações resultantes do estímulo recebido. Para isso, pode ser usada, por exemplo, a ressonância magnética funcional. Por meio dela, é possível aferir o valor dado a um determinado estímulo e identificar as preferências e desejos pelo monitoramento do cérebro.
Analisar evidências
O cérebro também avalia as evidências de maneira separada, para que a tomada de decisão seja feita. É como se, por exemplo, quando você vai atravessar a rua, em uma parte seja rapidamente avaliado o risco que você corre e não outra a oportunidade que você tem de chegar ao outro lado. Dessa forma, o cérebro “pesa” essas duas possibilidades e o mais vantajoso vence.
Limitar o número de opções disponíveis
Essa limitação é feita pelos neurônios. Quando a pessoa recebe um estímulo, determinado neurônio o recebe e a informação caminha até os neurônios motores. Uma vez que o neurônio motor certo recebe essas informações, ele acaba inibindo a atividade de diversos outros.
Isso acontece por compreender que, naquele momento, não é hora desses outros participarem da decisão. Assim, quando um grupo de neurônios é ativado por determinado estímulo, ele supre a ação dos neurônios vizinhos.
Contudo, quando o cérebro recebe informações diversas, como no processo de escolha de um produto em uma loja, essa tomada de decisão torna-se muito complexa. Afinal, será preciso avaliar cor, tamanho, tecido, preço, necessidade, entre outras questões.
Compreender toda essa trama que envolve a fisiologia do sistema nervoso é importante, mas ao mesmo tempo desafiador. É por isso que a neurociência ainda tem muito a investigar e a descobrir. Veja 5 motivos para começar a estudar sobre o assunto!