Quantas horas por dia você utiliza o celular ou o notebook? Seja para fazer contato com alguém, para lembrar de um compromisso ou interagir com colegas de trabalho, de alguma forma, algum equipamento tecnológico está presente na sua rotina. Mas será que a tecnologia afeta o cérebro?
Para você ter uma ideia de como o uso da tecnologia pode ter alterado a forma como o cérebro humano funciona, basta pensar no número de telefone. Você decora o número para ligar para os seus amigos? Antigamente, todo mundo sabia os telefones mais usados decorados. Hoje, as pessoas esperam que o celular faça isso por elas.
Viu como muita coisa mudou? Entenda como a tecnologia afeta o cérebro e veja dicas de como exercitar o cérebro para tornar essa influência mais positiva.
Como a tecnologia afeta o cérebro? Veja 3 situações.
O prejuízo no raciocínio pode ser o maior impacto trazido pelo uso constante e excessivo da tecnologia. As novas gerações já nascem sem precisar fazer uma conta mentalmente ou gravar algo. Afinal, as pessoas têm tudo nas mãos, desde muito novas, ao usarem o celular.
O problema é que ao receber tudo “pré-pronto”, podem acabar não desenvolvendo a capacidade de raciocinar. Com isso, há uma tendência a piorar o processo de dedução, mais até do que a memória em si, que também é um dos pontos afetados pela tecnologia.
Outro ponto que gerou mudanças foi o de excesso de informações o tempo todo. Como há muita coisa a ser processada, a todo momento, o cérebro acaba deletando as informações que ele entende serem menos relevantes. Isso também interfere tanto na memória como um todo, quanto no esquecimento de informações variadas.
Na nossa memória
Quantos anos vive um elefante? Quanto tempo demora para assar o bolo? Enquanto nos anos 80 muita gente saberia responder a essas duas perguntas de forma imediata, hoje, as pessoas pedem um segundo e perguntam ao Google. Nesse ponto, podemos dizer que a tecnologia afeta o cérebro quanto à memória.
Afinal, quanto mais informações a pessoa consegue obter usando o celular, menos ela tende a se preocupar em gravar algo. O problema é que, em alguns casos, é preciso usar várias informações armazenadas na mente para tomar uma decisão rápida e assertiva.
Quando a pessoa usa a tecnologia como substituta da sua memória, perde essa capacidade. Por isso, é importante fazer uso dela de forma que ela some informações e não substitua o que deveria estar arquivado no cérebro.
Em como mantemos nossa atenção
A tecnologia também afeta o cérebro quando pensamos na atenção dada ao que está sendo realizado. Isso acontece porque, por meio das vias digitais, as pessoas são encorajadas a serem multitarefas.
Assim, enquanto um profissional realiza o seu trabalho home office, ele também ouve o jornal na TV e consulta informações sobre a sua série favorita, que acaba de ter mais uma temporada lançada. Dessa forma, a pessoa não consegue focar em apenas uma atividade.
O problema é que como são muitas informações ao mesmo tempo, é possível que o mais importante, ou seja, o que deveria ficar gravado, não vá para o hipocampo, região do cérebro responsável pelo armazenamento do conhecimento a longo prazo.
Assim, as informações obtidas serão guardadas de maneira superficial pelo cérebro e vão acabar não sendo facilmente lembradas, quando necessárias.
Dessa forma, podemos dizer que o uso constante e indiscriminado da tecnologia pode afetar a aprendizagem e o armazenamento de informações, pelo simples fato da pessoa não conseguir dar atenção a uma só coisa.
Consequentemente, com o tempo, a pessoa perde o pensamento reflexivo, ou seja, a forma como cada um pensa acaba sendo afetada pela tecnologia.
Na metaconsciência
A perda do controle cognitivo também é uma consequência da invasão tecnológica no dia a dia. Com o fluxo constante de informações, a mente acaba sendo atraída pelo que é novo.
Dessa forma, perde-se o controle na hora de decidir o que é e o que não é importante. A longo prazo, a pessoa passa a ter mais dificuldade, por exemplo, em gravar o conteúdo do estudo, pois a mente é atraída e prefere ficar atenta ao que chega de novo para ela.
Como solucionar isso? 3 maneiras de exercitar o cérebro
Para evitar que esses problemas atinjam o seu cérebro, é preciso usar meios para contornar isso e ajudá-lo a funcionar de forma mais assertiva. Veja dicas!
Faça exercícios físicos
Atividades físicas aumentam as sinapses nervosas, algo importante para manter o cérebro saudável. Além disso, melhora o organismo como um todo, aumenta o suporte de oxigênio no cérebro e também a disponibilização de glicose, para que ele funcione melhor.
Relaxe
Informações a todo tempo e estresse constante só irão prejudicá-lo (a). Por isso, é preciso ter um tempo para si mesmo e procurar o relaxamento. Ações simples, como caminhar ao ar livre ou simplesmente ficar em silêncio são importantes para descansar a mente.
Contudo, procure fazer isso em um lugar novo. Assim, ao mesmo tempo que relaxa, faz com que o cérebro seja ativado ao conhecer um ambiente ainda não visitado.
Desafie a si mesmo
Aprender algo novo é sempre bom. Encontre um curso muito diferente do que você faz no dia a dia e comece a aprender! Pode ser arte, idiomas ou qualquer outra atividade, desde que ela desafie o seu cérebro e o obrigue a funcionar.
Além disso, para melhorar o aprendizado é possível contar com a ajuda da hipnopedagogia. Você a conhece? Saiba mais sobre ela e veja como ela pode ajudar para diminuir o impacto causado pela tecnologia no cérebro!