Obrigar uma pessoa a amar a outra é impossível. No entanto, todo pai ou mãe tem obrigação de cuidar do filho. Esse é um direito da criança que, quando não cumprido, além de gerar sequelas devido ao abandono afetivo, pode virar caso de justiça.
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”, diz o texto da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Quando o abandono afetivo vira caso de justiça, é possível que o pai e/ou a mãe venha a ser condenado. Como exemplo, em um caso que aconteceu no DF, no qual a pessoa que não recebeu o cuidado necessário entrou com uma ação, o desembargador do TJ deu ganho de causa à vítima e ainda destacou: “Amar é uma possibilidade; cuidar é uma obrigação civil”.
A criança que é vítima do abandono afetivo, muitas vezes, carrega um grande trauma por toda a sua vida. Já quando adulta, a pessoa pode apresentar dificuldade de relacionamento e de desenvolvimento pessoal e profissional, por exemplo. Por isso, é preciso buscar meios de superar esse trauma com a mudança de estilo de vida, terapia e até auto hipnose. Saiba como lendo este artigo!
O que é abandono afetivo?
Quando uma pessoa corta os laços afetivos com um ou mais filhos (as) é chamado de abandono afetivo. Esse tipo de ação pode acontecer, por exemplo, quando a mulher engravida e o pai a abandona com a criança para não assumir a paternidade.
Também ocorre em casos de divórcios, quando a pessoa que não é a tutora da criança corta relações com ela, não a visita e não cuida emocionalmente do seu descendente.
Como o nome sugere, o abandono afetivo é uma questão emocional, ou seja, não é financeira. Se o pai, por exemplo, paga pensão, mas não interage, não se preocupa ou cuida da criança, ele também pode ser acusado de abandono afetivo. Afinal, ele está negligenciando os aspectos humanos da relação.
O resultado desse tipo de ação pode ser notado de várias maneiras. A criança, pode, por exemplo, ter mais dificuldade de aprendizado e de socialização. Além disso, pode ter baixa autoestima e até desenvolver quadros depressivos. Tudo isso resultante do abandono sofrido.
Quais marcas e traumas o abandono afetivo deixa?
Conforme o bebê vai se desenvolvendo, ele aprende que a mãe e o pai são as pessoas que oferecem o que ele precisa. Dessa forma, naturalmente, é estabelecida uma relação de confiança, que permite que os pais transmitam os seus valores e princípios para a criança.
Com isso, o ambiente familiar e o suporte dos pais ou responsáveis acabam sendo decisivos para o desenvolvimento do psiquismo. Eles ajudam a formar a personalidade da criança e também a ensinam a desenvolver relações e demonstrações de afeto.
Uma vez que essa criança é vítima do abandono afetivo, ela tem o seu desenvolvimento psíquico e emocional comprometido. Afinal, as funções paternas e/ou maternas são essenciais para a formação da personalidade. Quando uma das partes falta, o menor pode crescer com sequelas psicológicas, que poderão comprometer o seu desenvolvimento.
O sofrimento causado pelo abandono afetivo pode resultar em deficiências no seu comportamento mental e social. E isso tende a perdurar por toda a vida, quando não tratado, resultando em prejuízo para a saúde mental. A pessoa pode desenvolver, por exemplo:
- problemas escolares;
- depressão;
- tristeza;
- baixa autoestima;
- problemas de saúde.
O papel da auto-hipnose na superação
Como o abandono afetivo gera traumas, que podem se estender por toda a vida e prejudicar o desenvolvimento, é preciso procurar tratamento. Uma das maneiras de trabalhar essa marca do passado é por meio da auto-hipnose.
A auto-hipnose nada mais é do que a realização da hipnose sem a ajuda de um profissional. Ao aprender essa técnica, a pessoa consegue entrar em um estado de atenção altamente focado. Com o melhor controle da mente, ela tem como conquistar mais conhecimento e domínio dos sentimentos. Dessa forma, consegue trabalhar a ferida emocional resultante do abandono afetivo e melhorar situações de desconforto como, por exemplo:
- momentos de estresse;
- medo;
- angústia;
- confusão mental;
- pânico.
Além disso, a pessoa pode procurar também a hipnoterapia. Nesse caso, o profissional pode ajudá-la a superar o trauma do abandono por meio da ressignificação.
Assim, embora ela se lembre de que foi deixada pelo pai ou pela mãe, os sentimentos ruins desse trauma ganham um novo significado. Isso acontece porque a passagem do abandono passa a ser compreendida pela mente de outra maneira, sem resultar em emoções que afetem a saúde mental.
Além disso, por meio da hipnoterapia ou auto-hipnose, a pessoa consegue desenvolver habilidades que a ajudem a lidar com seus gatilhos emocionais. Dessa forma, ela pode trabalhar as suas emoções, além conquistar mais qualidade de vida e desenvolver o amor próprio.
Se você precisa trabalhar o trauma do abandono ou quer simplesmente conquistar mais equilíbrio emocional, pode aprender a realizar a auto-hipnose. Conheça o nosso curso online e aprenda a cuidar da sua mente, sem sair de casa!