Humanismo: conheça esta abordagem terapêutica da psicologia

O humanismo, também chamado de psicologia humanista, entende que uma pessoa é um ser pensante, que está sempre em busca de autorrealização. Por isso, nesse tipo de abordagem não é dada ênfase aos possíveis tratamento dos problemas. O foco é ajudar a maximizar o bem-estar.

Essa linha da psicologia entende que o indivíduo é um ser único. Diferentemente do que prega o behaviorismo, que entende que a pessoa pode ter seu comportamento alterado com reforços positivos ou negativos, para o humanismo é preciso levar em conta o papel da escolha individual.

Conheça mais sobre essa abordagem terapêutica e suas peculiaridades neste artigo. Continue a leitura!

O que é humanismo?

O humanismo foi criado na década de 1950 e veio contrapor as abordagens terapêuticas que se destacavam na época: a psicanálise e o behaviorismo. Para os que adotaram essa nova linha da psicologia, o fato do behaviorismo pregar o condicionamento e da psicanálise focar no inconsciente gerava limitações. 

Para os humanistas, as duas abordagens não consideravam o papel da escolha pessoal. Por isso, eles pregam que é preciso ver a pessoa como um todo e não como um ser que deve ser programado. 

Além disso, não aceitam que forças instintivas do inconsciente determinem o comportamento humano. Dessa forma, o humanismo se concentra no indivíduo, como ser pensante, e não em suas experiências passadas ou doenças. 

Teoria da personalidade: quais os elementos do autoconceito?

Autoconceito é a percepção que a pessoa tem de si mesma e é nisso é que baseada da teoria da personalidade de Rogers. De acordo com ela, as pessoas buscam consistência, convergência e equilíbrio. 

Para o humanismo, o “eu” é a personalidade interior e o autoconceito inclui os seguintes elementos: 

  • Autoestima: é como a pessoa valoriza as suas características e avalia a si mesma; 
  • Autoimagem: é como a pessoa se vê e se descreve. Isso influencia no que ela sente, pensa e em como age;
  • Eu ideal: são as ambições do indivíduo quanto às suas características, valores e comportamentos, ou seja, o que ela gostaria de ser. 

Quanto mais próximo desse “eu ideal” a pessoa chegar, mais congruente ela é. Já quando a autoimagem é distorcida ou quando uma das partes é inaceitável resulta em incongruência. 

Isso leva a um desequilíbrio, que pode gerar angústia e ansiedade. Segundo essa teoria, as pessoas buscam se comportar de acordo com a autoimagem, para que isso possa ser refletido no “eu ideal”. 

Como funciona a terapia humanista?

Na terapia humanista, os problemas não são tratados. O paciente é abordado como um todo, levando em consideração todos os aspectos de sua vida. 

Isso engloba desde o seu bem-estar físico até o espiritual. Para essa abordagem, os avanços são conquistados por meio da autodescoberta e evolução. Dessa forma, o humanismo:

  • vê a pessoa em sua totalidade e fornece uma perspectiva holística;
  • entende que o indivíduo precisa se relacionar com outros, pois o contexto interpessoal é necessário para a existência humana;
  • aceita que as pessoas são capazes de fazer suas próprias escolhas;
  • busca promover o desenvolvimento pessoal, sendo o psicólogo um facilitador nesse processo, que é realizado pelo próprio indivíduo;
  • entende que a cura está dentro de cada um, nas próprias respostas. Assim, não é preciso controlar as emoções ou o meio para conquistá-la. 

Para o humanismo, tudo o que compõe o ser humano é importante e que cada um é responsável pela sua existência e experiência

Todos esses entendimentos se opõem à chamada de psicologia comportamental, também conhecida como behaviorismo. Saiba mais sobre ela.