Medo de aranhas: o que caracteriza a aracnofobia?

Você tem medo de aranhas? Muita gente tem receio e não gosta nem de ver esse animal em desenho. No entanto, alguns têm verdadeiro pavor. Basta ver o bicho que os sinais de fobia aparecem.

Mãos suadas, taquicardia, falta de ar… Tudo isso pode acontecer com quem tem aracnofobia e vê uma aranha. O problema é que a fobia pode não estar ligada apenas a algo emocional. 

De acordo com uma pesquisa feita pelo psiquiatra José Alexandre Crippa, professor da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto (SP), há uma causa fisiológica para as fobias e não apenas psicológica. O estudo descobriu que pessoas que sofrem com fobias têm uma área do cérebro menor do que as que não sofrem

Conheça o medo de aranha e os possíveis tratamentos existentes! 

Medo de aranhas: o que é a aracnofobia?

É comum e vital que a pessoa saiba que não pode pegar qualquer aranha nas mãos porque pode ser picada. Além disso, há o fato de que algumas delas são venenosas. Nesse ponto, o medo de aranha é benéfico e evita que a pessoa se exponha, desnecessariamente, a algo que pode colocar em risco a sua integridade.

No entanto, há também as pessoas que entram em desespero só de ver o animal ou até de visualizar a foto de uma aranha. Quando isso acontece diz-se que o indivíduo tem fobia de aranha, cujo nome é aracnofobia

Nesse caso, a pessoa tem sinais de ansiedade e chegam a passar mal. Assim, quando a pessoa tem aracnofobia, o medo que ela sente é inconsciente e irracional

Por que uma pessoa pode ter esse medo?

Muitas pessoas desenvolvem o medo de aranha e até de outros animais devido ao que aprendem na infância. Os aracnídeos, comumente, são taxados como ameaçadores e peçonhentos. Quando isso é transmitido para uma criança como se a aranha fosse ameaçadora ou um monstro, ela cresce com essa ideia e pode desenvolver aracnofobia.

No entanto, isso não é verdade. Esses animais fazem parte do equilíbrio da cadeia alimentar e, quase sempre, moram na mata. Muitas só entram nas casas quando há o desmatamento ou queimadas, ou seja, quando os seres humanos provocam mais danos ambientais.

Assim, não devem ser tratados como monstros, ao ensinar as crianças, mas sim como animais importantes. Além do que é dito na infância, algumas pessoas podem ter sofrido algum tipo de trauma relacionado ao animal. Isso também pode levar ao desenvolvimento da fobia.

Como tratar fobia de aranhas? 

O tratamento de aracnofobia pode variar dependendo do caso. Algumas vezes, é preciso usar medicamentos específicos. No entanto, na maioria do caso, a terapia cognitivo-comportamental, a dessensibilização e a hipnose. O objetivo é reduzir a ansiedade e o medo exagerado e irracional. Conheça as principais maneiras de tratar o medo de aranha. 

Terapia cognitivo-comportamental

As técnicas cognitivo-comportamentais são as mais usadas para tratar a aracnofobia. Em suma, ela foca em ajudar a pessoa a interromper os pensamentos ruins que acontecem automaticamente e que estão associados ao animal. 

Os pensamentos negativos são substituídos por ações e pensamentos racionais. Para isso, as técnicas mais usadas são a de reformulação cognitiva e de dessensibilização sistemática.

Dessensibilização 

Essa técnica consiste em expor a pessoa ao que ela tem medo, ou seja, nesse caso à aranha, de forma gradativa. Enquanto ela é exposta à imagens do animal, é orientada a se manter calma. A intenção é ajudá-la a ter essa sensação ruim em menor intensidade, pouco a pouco.

Hipnose

Por meio da hipnose é possível ajudar a pessoa a encontrar o motivo dela ter medo de aranha, ou seja, se ele é consequente de um trauma ou de de uma imagem negativa que teve do animal quando criança.

Uma vez que a origem da aracnofobia seja descoberta, o hipnoterapeuta consegue ressignificar a origem do problema. Assim, a pessoa passará a conseguir ver o animal sem ter emoções e pensamentos tão ruins quanto tinha anteriormente. Além disso, por meio da auto-hipnose a pessoa consegue aprender a identificar os pensamentos negativos e a controlá-los. Isso colabora para interromper a reação emocional exagerada. 

São várias as opções de tratamento e tudo dependerá da avaliação do profissional. A dessensibilização, por exemplo, pode ser usada junto a outras duas técnicas. Veja quais são elas e conheça o tripé da terapia