Neuromarketing: como ela se conecta com a mente do consumidor?

A neurociência tenta desvendar o funcionamento do cérebro e como as alterações dele influenciam no comportamento humano. Para que isso seja possível, ela se divide em diferentes vertentes, que podem facilitar o estudo mais aprofundado por área. Um deles é o chamado neuromarketing

Nesse ramo, o estudo é voltado para desvendar o que interfere na decisão de compra do consumidor. Com isso, a intenção é encontrar a melhor maneira de fazer com que um produto se torne atrativo para o público-alvo. 

Saiba mais sobre o assunto e conheça 3 formas de aplicar o neuromarketing em sua estratégia. Continue a leitura para descobrir!

O que é neuromarketing?

Neuromarketing é um ramo da neurociência que visa desvendar quais os fatores  influenciam na decisão de compra. Para isso, são realizados mapeamentos das atividades cerebrais quando a pessoa é exposta a determinado estímulo

Assim, é possível comparar o que acontece na cabeça do consumidor quando ele tem acesso a um produto ao X e comparar o que ocorre quando ele tem acesso ao produto Y. Dessa forma, pode ser possível compreender ou pesquisar as alterações que fazem com que um dos dois seja o favorito.

Como neuromarketing e neuroeconomia se conectam?

Tanto o neuromarketing quanto a neuroeconomia visam compreender o modo como as pessoas fazem suas escolhas. 

A neuroeconomia envolve conhecimentos de economia, psicologia e neurociência na tentativa de descobrir como o cérebro funciona diante da tomada de decisões de alto risco.

Já o neuromarketing procura decodificar os processos que acontecem na mente do consumidor quanto aos seus anseios. Com isso, seria possível oferecer ao cliente exatamente o que ele quer e procura

Afinal, o neuromarketing permite que sejam aplicadas técnicas do marketing com mapeamento cerebral. Assim, torna-se viável entender as decisões individuais, sejam elas intuitivas ou racionais. Dessa forma, os dois ramos se completam.

Além disso, neuromarketing e neuroeconomia começaram a ser desenvolvidos nas últimas décadas do século XX. Os principais nomes envolvidos nesse início foram:

  • David Lewis, fundador e diretor da consultoria de pesquisa Mindlab International;
  • Dr. Gerald Zaltman de Harvard;
  • Smidts da Rotterdam School of Management.

Na década de 80, Lewis se destacou no universo do neuromarketing ao analisar atividades cerebrais enquanto as pessoas assistiam a comerciais de televisão. Essa pesquisa o deixou tão famoso que o seu trabalho foi requisitado por várias grandes empresas como, por exemplo, IBM e Mcdonalds . 

Já Zaltman fez um escaneamento cerebral comparando a preferência de um voluntário pelas marcas, enquanto Ale Smidts fez pesquisas usando a Tomografia de Ressonância Magnética Funcional também envolvendo a escolha de produtos.

3 maneiras de aplicar neuromarketing e vender mais

Como os estudos desenvolvidos por tantos estudiosos no assunto podem ser aplicados no dia a dia da empresa? Há diversas maneiras do neuromarketing ajudar uma organização a realizar as escolhas certas. Conheça algumas para vender mais! 

Psicologia das cores

Qual a cor deve ser usada na embalagem de um produto ou na concepção da marca para transmitir a mensagem desejada para o cliente? São elas:

  • branco sugere transparência;
  • azul remete à confiança e segurança;
  • roxo remete à inteligência e inovação;
  • rosa escuro transmite a ideia de jovialidade e alegria;
  • rosa claro de delicadeza e romance;
  • vermelho é a cor da paixão e da emoção;
  • preto remete ao luxo;
  • verde transmite a sensação de serenidade e tranquilidade;
  • laranja é a cor para a empresa que quer se mostrar amigável e agradável.

Storytelling

Consiste em apresentar o produto ao consumidor de uma forma diferente, na qual ele está incluído em uma história com a qual a pessoa se identifica

Dessa forma, os benefícios do produto e as vantagens de adquiri-lo são transmitidas com um grau de subjetividade. As narrativas visam envolver o lado emocional do possível cliente, que absorve o conteúdo e, sem notar, é direcionado para a decisão de compra. 

Além disso, de forma inconsciente, a pessoa cria um laço emocional com a campanha, o que para a empresa é positivo e aumenta as chances de criar vínculo com o consumidor.

Gatilhos mentais

Os gatilhos mentais, assunto que falamos recentemente aqui no blog, visam oferecer uma informação subjetiva ou objetiva que ative o inconsciente e desperte a necessidade de consumo. O mais usado é a estratégia de escassez. Para isso, as empresas usam frases como “últimas unidades” ou “apenas enquanto o estoque durar” para que o cliente, intuitivamente, corra fazer a compra com medo de “ficar sem o item”. 

Embora muito já tenha sido estudado, a mente do consumidor continua surpreendendo e cheia de mistérios. Descubra como a neurociência ajuda a entender o inconsciente e os benefícios disso.