Neuroplasticidade: como estimular o cérebro a se adaptar?

Todos os dias você enfrenta novos desafios e é exposto a informações e situações variadas. Isso faz com que você aprenda e até mude de opinião. Assim, o que foi aprendido na infância, nem sempre é o que você tem como definição de certo e errado agora. A essa possibilidade de se adaptar ao novo que o cérebro tem, dá-se o nome de neuroplasticidade.

É graças a ela que as pessoas evoluem. Por meio do aprendizado e das vivências atuais, elas conseguem aprimorar os pensamentos e o entendimento de tudo o que acontece ao seu redor. 

Conheça mais sobre a neuroplasticidade, os tipos existentes e veja dicas de como incentivar o seu cérebro a ativar novos processos de adaptação. 

O que é neuroplasticidade?

Você pensa e se comporta igual aos seus pais e concorda com eles em tudo? Provavelmente não. Com o tempo e as vivências, é comum que as pessoas adquiram novos conhecimentos e mudem a maneira de pensar. Isso acontece porque o cérebro registra as novas informações e se adapta. A esse processo de adaptação dá-se o nome de neuroplasticidade. 

Essa é uma característica do sistema nervoso, que é essencial não apenas para formar novas opiniões, mas também para por exemplo:

  • aprender novos conteúdos;
  • descobrir e realizar novos movimentos durante a prática esportiva;
  • desenvolver a leitura.  

Os 5 tipos de neuroplasticidade

Os cinco tipos de neuroplasticidade são: axônica, dendrítica, somática, sináptica e regenerativa. Conheça cada um deles. 

Plasticidade axônica

É considerada a primeira plasticidade e é fundamental para o ser humano. Acontece quando o indivíduo tem entre 0 e 2 anos de idade e consiste na etapa na qual a criança adquire muitas descobertas sobre os ambiente, a vida e seu próprio corpo. 

Plasticidade dendrítica

Acontece na fase inicial de desenvolvimento e refere-se às alterações de comprimento e densidade das espinhas dendríticas. Os dendritos são os responsáveis pelas conexões entre os neurônios e pela transmissão de informações entre eles.

Plasticidade somática

Presente apenas no sistema nervoso do embrião e tem relação com a proliferação e a morte das células nervosas. É exclusivamente fisiológica, ou seja, não sofre influência do meio externo

Plasticidade sináptica

Refere-se às sinapses relacionadas à resposta aos estímulos externos e internos. Por isso, durante os estágios da vida, ela tem a capacidade de se fortalecer ou enfraquecer. Tudo vai depender do quanto o cérebro é estimulado a aprender. 

Plasticidade regenerativa

Presente principalmente no sistema nervoso periférico, a neuroplasticidade regenerativa refere-se principalmente à regeneração estrutural de axônios afetados. No entanto, pode envolver também a regeneração dendrítica ou somática.

10 dicas para estimular a neuroplasticidade do cérebro

Se você quer estimular o seu cérebro a trabalhar e ativar a neuroplasticidade, é preciso dar conteúdo para ele. Assim, as dicas para estimular a neuroplasticidade são:

  1. comece um novo curso e aprenda algo que você nunca fez;
  2. leia sobre temas diferentes e saia da sua zona de conforto;
  3. pratique exercícios e aprenda novos movimentos com o seu corpo;
  4. prove alimentos novos e, de preferência, saudáveis;
  5. escolha um novo caminho na hora de ir trabalhar e estimule o cérebro a gravar novas rotas;
  6. você é destro? Aprenda a fazer as coisas com a mão esquerda como, por exemplo,  e coloque o cérebro para trabalhar;
  7. você é canhoto? Então treine a mão direita. O que acha de começar abrindo uma lata de conserva com ela?
  8. tome banho de olhos fechados e ative a sua memória para saber onde está o que. Dessa forma, você estimula os outros sentidos;
  9. Ouça música e conheça novos artistas.
  10. Diminua o estresse praticando auto-hipnose ou meditação, por exemplo;

Em suma, a melhor forma de induzir a neuroplasticidade é colocando o seu cérebro para aprender algo novo. Encontre atividades interessantes e comece-as! 

Tem dificuldade em aprender algo novo? Descubra como a hipnose pode ajudar nesse processo!