Há vários problemas emocionais que podem ser desenvolvidos por uma pessoa no decorrer da vida. A maioria deles consegue ser trabalhado por meio da terapia e, para que ela tenha o sucesso almejado, há várias técnicas que podem ser adotadas pelo profissional. Dentre elas, a de exageração, que é uma das ferramentas da gestalt-terapia.
Essa linha de tratamento visa ajudar o indivíduo a alcançar o seu potencial e conquistar mais qualidade de vida. Para isso, trabalha o entendimento das próprias emoções e auxilia a pessoa a entender o meio em que vive.
No caso da exageração, quando realizada, o profissional pode trabalhar um comportamento indesejado que o cliente apresente e que faça de maneira involuntária. Conheça o processo e suas aplicações neste artigo!
O que é a Gestalt-Terapia?
Essa abordagem clínica foi desenvolvida pelo médico alemão Fritz Perls, no século XX. Baseada em fenomenologia e existenmo, foi considerada inovadora na época, quando as abordagens psicoterapêuticas se dividiam entre comportamental e psicanalítica.
Na Gestalt-Terapia o indivíduo é tido como o responsável por si mesmo. Assim, cabe a ele trabalhar suas aptidões e limitações, de maneira que possa alcançar o desenvolvimento pessoal.
Nesse processo de identificação de comportamentos e crescimento do autoconhecimento, são realizados experimentos e aplicações de técnicas. Dentre elas, as da:
- cadeira vazia;
- roleplaying (representação);
- identificação;
- viagens de fantasias;
- e exageração;
Na prática clínica, elas são usadas para aprofundar o conhecimento sobre o cliente e ajudá-lo a identificar a origem das suas angústias e desafios.
O que é a exageração e em que situações ela é útil?
A exageração é uma das técnicas usadas na Gestalt-Terapia e requer muita atenção do terapeuta. Afinal, será ele quem irá identificar o que deve ser exagerado e quando o procedimento deve ser realizado. Isso é importante, porque identificar o momento correto para aplicar essa técnica é essencial para o desenvolvimento do tratamento.
Em suma, a técnica consiste em intensificar um comportamento ou sinal que é feito pelo cliente, muitas vezes, involuntariamente. Ao repetir esse movimento de forma mais intensa, espera-se que a pessoa traga para o momento uma emoção ou experiência relacionada ao comportamento.
Por exemplo, se o indivíduo está batendo o dedo na cadeira, sem parar, o terapeuta pode pedir para que ele aumente a intensidade dessa ação. Ao realizar a exageração do movimento, torna-se mais simples a pessoa associá-lo às emoções envolvidas.
Dessa forma, podemos dizer que a exageração é comumente aplicada quando há um “sintoma” diagnosticado, que pode sugerir uma forma de expressão de emoções. Ao realizar o exercício do exagero, a consciência da ação e da emoção torna-se praticamente inevitável.
Como o exercício do exagero funciona?
O exercício do exagero requer que o terapeuta ou hipnoterapeuta note uma expressão ou emoção, e sinalize isso ao cliente, pedindo que ele repita a ação intensamente. Dessa forma, é possível chamar a atenção do indivíduo para as emoções envolvidas com esse comportamento.
Isso ajuda a orientar o terapeuta na melhor escolha do tratamento. Além disso, permite que o cliente enxergue as mudanças que ele é capaz conquistar, caso siga com a terapia ou hipnoterapia. Vale lembrar que essa técnica pode ser aplicada para qualquer tipo de comportamento, como uma expressão facial ou o balançar insistente da perna, por exemplo.
Como pode ser feita em qualquer lugar e não requer nenhuma habilidade específica, a exageração é uma técnica muito usada, assim como acontece com a da cadeira vazia. Além delas, há uma outra técnica da Gestalt-Terapia que é frequentemente aplicada. Ela chama-se roleplaying. Descubra como é feita e suas aplicações.